sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Homenagem!

 




Jó Patriota de Lima (Jan/1929 – Out/1992)

Jó Patriota

Eu nasci em Itapetim
Lugar onde o camponês
Nunca estudou matemática
Nunca aprendeu português
Mas sabe fazer um verso
Que Castro Alves não fez.
Quando a dor se aproxima
fazendo eu perder a calma
passo uma esponja de rima
nos ferimentos da alma
Minha alma tem a tristeza
Da coruja quando pia
Na solidão dos sepulcros
Nas noites de ventania
Eu comparo a nossa vida
Com o mar irritado e forte
Alguma bússola indicando
Leste, oeste, sul e norte
Dum lado a praia da vida
Do outro o porto da morte.
Passei a crer na bondade
Nos amigos inda creio
Depois que vi dois mendigos
Repartir o pão no meio



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