Jó Patriota de Lima (Jan/1929 – Out/1992)
Jó Patriota
Eu nasci em Itapetim
Lugar onde o camponês
Nunca estudou matemática
Nunca aprendeu português
Mas sabe fazer um verso
Que Castro Alves não fez.
Lugar onde o camponês
Nunca estudou matemática
Nunca aprendeu português
Mas sabe fazer um verso
Que Castro Alves não fez.
Quando a dor se aproxima
fazendo eu perder a calma
passo uma esponja de rima
nos ferimentos da alma
fazendo eu perder a calma
passo uma esponja de rima
nos ferimentos da alma
Minha alma tem a tristeza
Da coruja quando pia
Na solidão dos sepulcros
Nas noites de ventania
Da coruja quando pia
Na solidão dos sepulcros
Nas noites de ventania
Eu comparo a nossa vida
Com o mar irritado e forte
Alguma bússola indicando
Leste, oeste, sul e norte
Dum lado a praia da vida
Do outro o porto da morte.
Com o mar irritado e forte
Alguma bússola indicando
Leste, oeste, sul e norte
Dum lado a praia da vida
Do outro o porto da morte.
Passei a crer na bondade
Nos amigos inda creio
Depois que vi dois mendigos
Repartir o pão no meio
Nos amigos inda creio
Depois que vi dois mendigos
Repartir o pão no meio
Nenhum comentário:
Postar um comentário